Mãe aos 17: o presente que me trouxe amor… e solidão

Histórias Reais

Continuação para o site (versão mais elaborada):

“Não quero nada além disso. Um olhar de aceitação, uma palavra de carinho, um gesto de amor. Porque ser mãe tão cedo é difícil, mas ser mãe sem o apoio da própria família… é ainda mais doloroso.

Quando descobri a gravidez, achei que seria um momento de união. Esperei abraços, conselhos, talvez até broncas, mas sempre regadas de cuidado. O que recebi, no entanto, foi silêncio. Portas se fechando, telefonemas não atendidos, visitas que nunca aconteceram.

E assim, entre fraldas, noites em claro e lágrimas escondidas, aprendi que a maternidade não é feita só de sorrisos de bebê. Ela também é feita de solidão.

Mas ao mesmo tempo, foi nessa solidão que encontrei uma força que nunca imaginei ter. Eu precisei amadurecer em poucos meses aquilo que muitas pessoas levam anos para aprender. Aprendi a dar banho com mãos trêmulas, a acalmar choros quando o meu coração também chorava, a sorrir mesmo quando o peito pesava de tristeza.

Ainda assim, todos os dias acordo com o mesmo desejo: que meus pais um dia olhem para mim, não como a filha que errou, mas como a filha que lutou. Que enxerguem em mim não uma adolescente perdida, mas uma mãe que, apesar das dificuldades, decidiu não desistir.

Eu sigo em frente, porque meu bebê merece. Mas no fundo do meu coração, ainda guardo a esperança de que um dia, ao abrir a porta da minha casa, eu encontre o abraço que mais preciso: o deles.”

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